A relação entre o CEO e o CTO em uma empresa é fundamental, especialmente em startups de tecnologia, onde essa parceria pode ser a mais crítica para o sucesso. O CEO e o CTO devem trabalhar em estreita colaboração, com o CEO fornecendo orientação de negócios e o CTO gerenciando e traduzindo a estratégia tecnológica para alinhar com os objetivos da empresa.

Neste artigo, falamos mais sobre como esses dois papeis se relacionam e como gerar um cenário de cooperação entre ambos, garantindo o sucesso da organização.

Problemas mais comuns entre CEOs e CTOS:

Os problemas mais comuns que afetam essa relação geralmente derivam da falta de alinhamento entre as responsabilidades e expectativas.  Isso porque CEO pode não compreender os aspectos técnicos ou por que certos processos demandam tempo, enquanto o CTO pode não entender a pressão por prazos ou como as demandas de desenvolvimento se alinham à visão da empresa.

Além disso, muitos CTOs não entendem porque alguns CEOs podem não se interessar pelos problemas tecnológicos, enquanto é justamente por isso que CEOs precisam de um CTO. O CTO é contratado para gerenciar a tecnologia e é o mais experiente na área dentro da empresa. Ele precisa assumir essa responsabilidade.

Além disso, muitos CTOs ainda se veem como desenvolvedores que adquiriram um título gerencial. No entanto, ser um CTO vai além de ser um gerente de tecnologia. É um executivo C-level que deve pensar em toda a empresa e assumir responsabilidades fora do âmbito tecnológico, uma transição que muitos acham desafiadora.

Como a cooperação entre o CEO e o CTO pode funcionar?

Para que a colaboração seja eficaz, o CTO precisa entender profundamente não apenas a tecnologia, mas também os aspectos comerciais da empresa. Isso inclui ser capaz de traduzir questões técnicas complexas de maneira que possam ser compreendidas por todos os stakeholders. Por outro lado, o CEO deve ajudar o CTO a entender as metas de longo prazo do negócio e garantir que as estratégias tecnológicas estejam alinhadas com as necessidades comerciais.

Para que essa relação seja bem-sucedida, o CEO precisa orientar o CTO nas decisões de longo prazo e garantir que a tecnologia esteja alinhada com os negócios. O CEO também deve responsabilizar o CTO pela gestão de riscos que podem comprometer a empresa, como segurança e backups.

Ambos precisam construir uma relação sólida, algo que não se consegue apenas com reuniões de diretoria ou e-mails. Interações constantes são fundamentais; sem elas, não há relação, compreensão ou alinhamento. Encontros individuais regulares são essenciais para desenvolver essa relação. Conversar e interagir ajuda a construir confiança e lealdade mútua, fundamentando uma verdadeira parceria.

Para uma parceria efetiva e confiável, tanto o CTO quanto o CEO precisam explicitar e esclarecer suas expectativas. Uma ferramenta útil para isso são os quadrantes de expectativas, que ajudam a alinhar as visões sobre os respectivos papéis.
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Discussões abertas sobre expectativas evitam mal-entendidos e insatisfações, fortalecendo a relação. É crucial que os CTOs expressem suas expectativas em relação ao papel do CEO para garantir que ambos estejam alinhados e satisfeitos na parceria. Mas, agora entrando no detalhe:

O que todo CEO precisa que seu CTO saiba?

1. Visão Estratégica: O CTO deve ter uma visão clara de como a tecnologia pode moldar o futuro da empresa, antecipando tendências e preparando a organização para mudanças.
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2. Habilidade de Comunicação: Essencial para traduzir termos técnicos para uma linguagem acessível, facilitando a colaboração e o entendimento mútuo entre departamentos e com o CEO.
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3. Liderança Inspiradora: Capaz de liderar equipes tecnológicas na exploração de novas soluções, mantendo todos motivados e engajados.
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4. Expertise Técnica Sólida: Profundo conhecimento técnico para tomar decisões informadas e gerenciar a infraestrutura tecnológica complexa da empresa.
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5. Gestão de Crises: Habilidade para gerenciar crises tecnológicas de forma eficaz, mantendo a infraestrutura segura e resiliente.
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6. Foco no Cliente: Garantir que as soluções tecnológicas atendam e melhorem a experiência do cliente, contribuindo para a satisfação e fidelização.

Responsabilidades adicionais do CTO

Além das competências básicas, nos dias de hoje espera-se que o CTO também seja capaz de:

• Balancear a necessidade de refatorar e melhorar o código com a necessidade de avançar com novas funcionalidades.
• Contribuir para o desenvolvimento do produto e do negócio através de soluções técnicas para problemas comerciais.
• Gerenciar e liderar equipes tecnológicas ágeis, mantendo o departamento responsivo e comunicativo.
• Possuir uma abordagem orientada a dados, sendo capaz de entender e comunicar KPIs e métricas para executivos não técnicos.
• Assumir a responsabilidade final pela estabilidade e qualidade do produto ou serviço, garantindo que a arquitetura seja segura, escalável e extensível.

O papel do CTO é multifacetado e evoluiu significativamente ao longo da última década. Para serem bem-sucedidos, os CTOs devem possuir uma gama ampla de habilidades técnicas e gerenciais, além de serem capazes de se adaptar às mudanças rápidas no ambiente de negócios e tecnologia.

A colaboração próxima com o CEO e uma compreensão clara das expectativas e estratégias de negócios são fundamentais para que o CTO contribua efetivamente para o sucesso da empresa.

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